Por Higor Maffei Bellini
Sou feliz por nunca esconder meu time de coração, sou um torcedor da Sociedade Esportiva Palmeiras, assim mesmo por extenso e nada de abreviar para SEP, ou alviverde de Parque Antártica ou simplesmente "parmera".
Sim, chamamos ele de "parmera" e não tem problema nenhum por parte da torcida. Talvez os mais jovens não saibam desta forma de chamar o time da Vila Pompéia, que é um colosso nacional, com torcedores em todos os estados brasileiros.
E que, devido aos milhões de brasileiros que foram pelo mundo afora buscar melhores condições de vida, alguns fizeram o caminho de volta dos seus antepassados. O que faz com que o Palmeiras tenha torcedores também em todos os continentes do globo terrestre, que sofrem para acompanhar os jogos ao vivo, em razão do fuso horário.
E como eu estou em um giro europeu para atender as clientes que jogam futebol no velho mundo, estou agora mais precisamente em Lisboa, Portugal, última parada da minha viagem. Estou acompanhando as dificuldades dos brasileiros, que desejam acompanhar seu time atuando, mas que não conseguem em razão da hora que começa e da hora que termina o jogo.
E os clubes precisam começar a pensar nesse mercado consumidor, que está na Europa ou em outros países, quando acertarem o horário de transmissão dos jogos, ao vivo, para o exterior, pois o Palmeiras hoje aqui começa às 12:30 e terminará às 02:20 am, complicando a vida de quem deseja ver o jogo e precisa trabalhar no dia seguinte.
O futebol brasileiro preciso que exista público acompanhando os jogos na Europa, não apenas para atender aos brasileiros que aqui residem, mas, também para internacionalizar a sua marca, buscando novos torcedores, bem como tentando colocar os seus jogadores, na Europa, para lucrar com as transferências, especialmente dos jogadores da base.
Contudo, retornando ao nosso tema, ou finalmente entrando nele. O torcedor, seja de que equipe, sofre muito para acompanhar o maior clássico paulista, quando é residente no exterior, para assim passar aos seus filhos o seu amor, pois ver o jogo gravado não transmite a mesma emoção, ainda mais hoje, quando a informação do resultado chega logo a quem tem a disposição de buscar.
E a dificuldade vai além do horário ingrato, de madrugada, que afasta o trabalhador comum dos jogos, que passam na televisão ou na internet, com imagem ou retransmitindo as rádios brasileiras. Começando e passando pela falta de transmissão em si, o que em Portugal não é um problema, pois o paulistão passa aqui.
E é Paulistão sim, pelo menos para a minha geração, a dos quase cinquentões, que quando criança via o estadual durar quase seis meses e ser o campeonato a ser ganho, não uma mera pré-temporada, para os clubes ajustarem equipes para o Brasileiro, Copa do Brasil ou Libertadores. Respeito quem pensa diferente, mas não posso concordar, já que para mim o maior e mais importante título que vi foi o Paulista de 1993, quando saímos da fila, contra o mesmo time de hoje.
O torcedor apaixonado, se bem que as palavras deveriam ser sinônimos, então sofre para conseguir achar um lugar para assistir, não falo fisicamente, se bem que é importante ter um lugar de encontro, para assistir junto com os amigos, até para lembrar o clima de arquibancada.
Mas falo também de saber qual site transmitirá o jogo, se haverá uma demora na chegada das imagens do jogo, fazendo com que a informação do gol chegue antes que a imagem.
E deixo um pensamento: por que não fazer igual às ligas americanas e começar a trazer jogos para serem disputados em outros continentes?
Isso cria aproximação com as torcidas em outros países, bem como internacionaliza a marca, permitindo que novos torcedores se apaixonem pelos clubes.
Corrigindo o jogo começar às 23:30 e não as 00:30 e assim termina as 01;20 e não as 2:20
Obrigado ao Tedesco pela observação