Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Direito, gestão e esportes

Direito, gestão e esportes

Por Higor Maffei Bellini 

 

Chega dia 31 de dezembro, como todo final de ano, aparecem as famosas, ao menos no Brasil, listas de dispensas de atletas.

 

Que podem ser publicadas no site do clube, quando tem um carater oficial (que é a que nos interessa) ou vazada a imprensa possuindo um carácter extra oficial (mas que o tempo, revela que estava certa)

 

Não é porque os contratos de trabalho dos atletas possuem prazo determinado, ou seja todos sabem, quando vai terminar, que o atleta enquanto trabalhador, tem de receber pela imprensa a informação, de que seu contrato não vai ser renovado.

 

O atleta não pode sair de ferias, sem fazer o exame demissional (exame que até ser feito, sinaliza que o contrato é vigente) para nas férias e durante essas saber que não retornará.

 

O término de contrato de trabalho de um atleta, traz consigo encerrar locação, ainda mais em contratos curtos, de até um ano. Por isso tudo deve ser avisado antes.

 

Se o comunicado de demissão por abandono de emprego, já não pode mais ser feito pela publicação em jornais, se bem que os jornais impressos estão acabando, sob pena de gerar dano moral a ser reparado no empregado, porque a lista de dispensa não teria o mesmo efeito?

 

Mas tem o mesmo efeito, o atleta que sabe pela imprensa, que seu contrato não foi renovado, sofre dano moral a ser reparado, mediante a propositura de reclamação trabalhista, pois terceiros tiveram acesso a informação sigilosa relacionada a pessoa do atleta

 

Por isso clubes deixem de fazer lista ou comunicados de dispensa de atletas de forma pública, parem de vazar as informações.

Por Higor Maffei Bellini 

 

As vezes me perguntam: o que é preciso para trabalhar com esportes. Não para ter sucesso, mas, trabalhar. E eu sempre digo seja leal a quem já cruzou seu caminho.

 

Não digo que sempre tem de fazer negócio, com a mesma pessoa. Mas sim para ter respeito a quem já lhe estendeu a mão, mesmo que não tenham feito negócios.

 

Pois nada pior, para quem quer trabalhar no mundo do esporte, que é pequeno e todos se conhecem, que ser conhecido como alguém, que não valoriza as pessoas, que apenas as usa, depois as esquece.

 

Por isso é importante, que as pessoas lembrem, que sempre é necessário respeitar as pessoas com quem de alguma forma tivemos contato.

 

O que não é nada de mais, pode ser por exemplo atender a ligação, responder a uma mensagem de ano novo. Pois se demonstra assim o respeito pela pessoa e de demonstra que ela não foi apenas usada, para fazer um negócio.

 

Até porque como falamos no Brasil "dor de barriga, não dá uma vez" ou seja aquela pessoa pode cruzar seu caminho de novo, e ela pode não fazer negócio com você, por não ter tido o necessário reconhecimento no passado.

 

O negócio pode ser feito entre empresas, mas que fecha é a pessoa humana, que é influênciada pelo relacionamento construído ao longo do tempo.

Por Higor Maffei Bellini

 

Estava finalizando a busca de hoteis bons em Lisboa e Porto para organizar uma viagem, de negócios, quando me deparei com a seguinte noticia: Organização da Orlando Cup critica o Santos por desistir do torneio e cita multa… - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/agencia/2024/12/28/organizacao-da-orlando-cup-critica-o-santos-por-desistir-do-torneio-e-cita-multa-contratual.htm?cmpid=copiaecola eu nem sabia que esse torneio exstiria, mas, até ai ok, eu não tenho de saber de tudo, mesmo.

 

Porém, é a segunda notícia de clube de futebol brasileiro que desiste de disputar competição, o outro foi o Atlético Paranaense, que anunciou que não disputará, o campeonato brasileiro feminino. Um é um torneio amistoso, o outro o campeonato oficial de futebol feminino, o mais importante do Brasil, mesmo que seja a segunda divisão.

 

Em ambos os casos, porém, fica a impressão de que os clubes não se importam com os compromissos desportivos existentes, o primeiro porque recebeu o convite e aceitou disputar o campeonato, mudando de ideia simplesmente em razão da mudança de seu técnico, já o segundo porque deixou porque, não tem mais de cumprir o requisito de manter a equipe feminina, para que a masculina, possa participar do campeonato brasileiro masculino, já que com a queda para a segunda divisão essa obrigação deixa de existir.

 

Em ambas as situações, os times prefeririam dizer simplesmente, não contem comigo, pois não me interessa mais o torneio, e se quiserem, cobrem as multas, ao invés de pensarem que o não disputar a competição traz prejuízos a imagem dos clubes, muito piores que o financeiro da multa.

 

Pois ninguém quer se manter ligado a quem deixar de honrar seus compromissos, mesmo que pague a multa, para sair da competição

Por Higor Maffei Bellini

 

Não existe nada de errado em se fazer uma doação para ajudar uma equipe a conseguir alcançar algum objetivo, seja, contratar um jogador, comprar uma área para ali instalar o seu centro de treinamento, ou ainda a pagar dívidas, e falar que se fez a doação, divulgando tal fato em redes sociais, lembrando que sobre doação há a necessidade de ser pago o imposto sobre doações. O chamado ITCMD, que é a sigla para o chamado Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, é vem a ser um imposto estadual aplicado no Brasil. Quando se tratar de uma pessoa natural, que não planeja ou tem a intenção de, com essa doação, divulgar seu nome ou serviços para aqueles torcedores, ou conseguir que sejam realizadas matérias jornalísticas, citando a marca que fez a doação.

 

Pois se a intenção da marca, com aquela doação, for a sua promoção, estamos possivelmente diante de uma ação de marketing de emboscada, que pode ser considerada uma prática de concorrência desleal, com os patrocinadores efetivos daquela agremiação, pelo aproveitamento da divulgação do seu nome, em razão das ações que passam a ser publicitárias, quando passam a atrair a atenção dos consumidores e das mídias, para aquela marca que fez a doação, sem ter qualquer relação jurídica que a autorize ter seu nome vinculado a eventos esportivos patrocinados, ou, no nosso estudo, a times, por terceiros, que pagam valores muito maiores do que aqueles desembolsados pela empresa, patrocinadora oficial, que pode acionar aquela se aproveita da situação, para divulgar seu nome, pelo que deixou de ganhar com a divulgação da outra marca e não a sua.

 

Resumindo, o Marketing de Emboscada pode ser tipificado como a adoção de práticas destinadas a dar visibilidade a uma marca, sem que a detentora daquela marca tenha a expressa autorização do clube para vincular a sua marca à do clube. Sendo que isso pode acontecer em um pequeno evento (entregar uma bandeira com a sua marca para um atleta ou pedir para que o atleta, em troca de um par de tênis ou camisa, marque a empresa, na comemoração de um título, como acontece nas categorias de base) ou em um grande evento (a contribuição, pela doação nas vaquinhas para a contratação de jogadores ou o pagamento de dívidas do clube). O que acaba por fazer com que os torcedores e até mesmo a imprensa acreditem, que se trata de uma parceria comercial, fazendo com que o primeiro compre os produtos ou serviços ofertados pelo doador, e o segundo divulgue a doação efetuada.

 

Tal ocorrência prejudica o clube, que deixa de arrecadar valores maiores com a venda de publicidade, que seria efetuada em valores superiores aos da doação, já que com a venda de espaço de publicidade o clube passa a ter aquela empresa como sua parceira oficial, o que lhe garante visibilidade nos meios de comunicação do clube, que tem um custo, já que também assegura o respaldo de que o clube impedirá terceiros de surfar na onda daquela. Bem como prejudica aos patrocinadores oficiais, que pagam um custo maior para ter o reconhecimento público de que aquele clube garante a divulgação da sua marca aos seus sócios, além do fato de serem obrigados a entrar nas campanhas, desembolsando ainda mais valores, para não ficarem com a sua imagem prejudicada perante os torcedores, como alguém que não se importa com o clube, que só quer pagar o patrocínio (se esquecendo que pagar o patrocínio além de obrigação contratual é o que por vezes garante a continuidade da equipe) sem fazerem algo a mais do que o contratualmente estipulado..

 

Por essa razão é que os clubes podem e devem combater o uso destas suas campanhas por empresas, que as utilizam para a divulgação da sua marca, para um consumidor leal, que tenta auxiliar o clube de sua preferência, ou de sua paixão, consumindo produtos das empresas que se apresentam como parceiras dos clubes.

 

Combate esse que pode passar pela devolução do valor da doação recebida desta empresa, que não faz parte do quadro de patrocinadores dos clubes, bem como acionando na justiça, visando a reparação dos danos sofridos pela utilização irregular da marca do clube para a publicidade da empresa, sem que se tenha pago o valor correto da cota de publicidade do clube.

 

Mas para deixar claro, pois em nossa sociedade até o óbvio precisa ser dito, que não estamos falando das boleiras que fazem bolos com escudos de times de futebol, que por serem apaixonadas por uma determinada agremiação, fazem a doação e colocam a informação de que doaram em suas redes sociais, mais para se declarar publicamente torcedoras daquele time, do que buscar fazer a busca por novos clientes, até porque ninguém acreditaria que a boleira estaria patrocinando o time, por meio daquela doação.

 

E é este o problema de que estamos tratando, neste caso, que é a pessoa que usa a doação, para uma determinada campanha, promovida pelo clube, para unindo o seu nome à campanha fazer a publicidade, sem que tenha de pagar os valores cobrados pelo clube, para a vinculação da marca, bem como deixar de passar seus sistemas de controle de legalidade e moralidade, que alguns clubes vêm implementando, que tem por função não deixar que seja concretizado o patrocínio de empresas, que podem vir a trazer problemas para a imagem do clube.

 

Pois, se tal prática não for combatida, a empresa pegará o que tem de melhor no patrocínio esportivo, estar vinculada a uma boa marca, pagando valores por vezes irrisórios e sem o risco de ser barrada no compliance da parceria entre as empresas e o clube.

 

Podendo ainda levar para a marca que buscar essa associação um prejuízo junto aos seus consumidores, que torcem para aquela equipe, que podem ver que aquela atitude não visava auxiliar o clube, mas, ao contrário, retirar destes valores de patrocínios formais, que podem optar por abandonar aquela marca, pois, nada mais legal a um clube que o seu torcedor apaixonado.

 

Assim sendo, se a ideia dos gestores daquela marca é apoiar a equipe, pois são seus torcedores, ou aquela ação corresponde aos valores da empresa, o melhor é que o façam se valendo da máxima "o que a mão esquerda faz, a direta não precisa saber", posto que, se o objetivo não era o de obter retorno de mídia ou financeiro, não havia razão para fazer a divulgação.

Por Higor Maffei Bellini 

 

Nesse momento, no Brasil, onde o futebol está em recesso, com os jogadores em férias coletivas, ao menos nos times que disputam a séries A e B do campeonato brasileiro masculino. Ou a será A1 do feminino, temos atletas lesionados, que ao invés de repousarem estão em tratamento fisioterápico ou fazendo a transação para o campo.

 

E isso é errado, pois atleta em férias, não pode estar trabalhando a favor do seu empregador.

 

Mas Higor, deixa de ser chato. O atleta está buscando o melhor, para ele não para o clube.

 

Não é para o atleta, cara pálida (adoro essa expressão antiga) que ele usa o período de descanso físico mental. Mas em benefício do clube, que tem um atleta, que sai de férias, por vezes usa seu dinheiro para se tratar. Que faz isso achando que precisa antecipar uma volta, aos gramados.

 

O atleta precisa entender que ele é apenas, mais um empregado do clube, não uma super empregado, que não precisa do repouso das férias.

 

E lembrando que se as férias, não forem gozadas, pois o atleta estava tratamento médico ou fazendo a preparação física, este pode depois cobrar em dobro o valor do clube, pois as férias não precisam ser pagas, apenas. precisam ser gozadas

Por Higor Maffei Bellini 

 

Quando no Brasil um clube ou uma SAF extingue a sua equipe feminina, em razão da queda da masculina, no campeonato brasileiro,  quem mais perde é o campeonato feminino, pois fica claro que para aquela agremiação, o feminino nunca foi um objetivo.

 

Sem me extender muito essa extinção das equipes femininas, desmoraliza a competição feminina, pois no futebol, tal qual na política não existe o vácuo. Se uma equipe sai, outra entra, o que pode dar margem para viradas de mesa ( quando o time cai dentro de campo, mas administrativamente o time permanece naquela divisão)

 

Aos olhos do público e dos patrocinadores, uma competição onde não é respeitado o resultado dos gramados, com viradas de mesas, não tem credibilidade para receber investimento (sem querer seja via lei de incentivo) nem fazer com que se acompanhe a competição.

 

Não vou dizer o que deve ser feito, já que não tenho o poder ou a pretensão, de ajustar o campeonato feminino. Mas vou deixar a reflexão a respeito: quem abandonar o campeonato feminina só pode voltar no ano seguinte, sem vaga no campeonato brasileiro. Vai ter de iniciar de novo a caminhada.

 

Sei que economicamente isso pode ser bom, para o clube que disputando apenas o estadual, terá menos gastos com salários. Mas esportivamente é uma grande punição e deve ser aplicada.

 

A extinção de uma equipe exige, que uma outra seja colocadas no seu lugar, para fazer com que seja respeitado o número de jogos vendidos, para a televisão e para os patrocinadores.

 

Mas o que traz o descrédito é o critério que será usado, para trazer outra equipe para cobrir aquele espaço, que se criou. Pois isso altera também as divisões inferiores, já que movem equipes para cima até que todas tenham o seu lugar nas competições.

 

A credibilidade de um campeonato passa, por isso pela aplicação das publicações esportivas corretas, por garantia que o resultado de campo prevalece, mesmo que contrário ao interesse das equipes.

24 Dez, 2024

Um feliz natal

Passando só para desejar a todos um feliz natal, onde se tenha paz, tranquilidade e união para celebrar o nascimento de Jesus, relembrando os seus ensinamentos de amor e paz, entre os homens.

 

Que deveria ser a razão maior da celebração do natal.

 

Até porque eu gosto de pensar que o natal, com a sua mensagem de paz e amor carrega as baterias do planeta anualmente, para o ano novo que se inicia em uma semana 

Hoje fugindo da nossa temática habitual: esportes. Vamos falar de família.

 

Hoje meus país, me convidaram a ir junto visitar minha tia, irmã do meu pai. Lembrei que ela já está com 75 anos e que pode ser o último natal, dela.

 

Então fui lá. Na casa dela, que é a mesma onde viviam, meus avôs.

 

E foi a melhor coisa que fiz, tomei café lá, colocámos a conversa em dia. Por isso me lembrei que natal é para ficar com a família, pois além de lembrar que o natal existe para celebrar o nascimento de Jesus, ele existe também para lembrar que devemos perdoar.

 

Dito isso um feliz natal a todos 

 

 

Por Higor Maffei Bellini

Na realidade, nem parece que, no Brasil, futura sede da Copa do Mundo Feminina, o futebol feminino possui vida própria.

 

Aqui o futebol feminino, com as suas exceções que só confirmam a regra, o futebol feminino nos grandes clubes, assim entendidos como os que jogam a primeira divisão do masculino.

 

Só existe para cumprir a obrigação de licenciamento das equipes masculinas, para a disputa da série A do Campeonato Brasileiro ou da Libertadores. Quando o clube tem a sua equipe rebaixada masculina, vem o desmonte das femininas, veja o caso do Ceará e do Atlético Paranaense.

Tais desmontes deixam claro que o futebol feminino nunca existiu por seu mérito, para alguns clubes, mas por imposição das entidades que administram o futebol, seja a CBF ou a Comembol.

 

Fazer a Copa do Mundo em 2027, em um país onde o futebol feminino não é visto como nada, além de obrigação imposta para dar condição de jogo às equipes masculinas pelos clubes, é dizer, para eles, que o futebol feminino não precisa ser levado a sério, não precisa ser encarado como algo que merece e precisa ter vida própria.

 

E se for para ser visto como obrigação, assessoria dos times masculinos. O feminino deveria ao mesmo ser obrigatório no primeiro ano após a queda.

 

Pois só assim os clubes passaram a valorizar os times e a fazer contratos mais longos do que 10 meses, ou do que o período estimado, para a competição feminina.

Por Higor Maffei Bellini Pois bem, hoje escutei de um amigo, uma situação que já tinha esquecido. Tem certas coisas, na vida, que a pessoa precisa passar sozinha para aprender o que a vida tem de ensinar. Por isso valores respeitar ao livre árbitro das pessoas, quando ela resolverem fazer algo que entendemos Cada um tem a sua vida, cada um a sua missão Vamos lembrar disso

Pág. 1/2