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Direito, gestão e esportes

Direito, gestão e esportes

Por Higor Maffei Bellini Alguns já sabem que estou fazendo um doutorado em direito, com foco em direitos difusos e coletivos, como matéria obrigatória estou fazendo filosofia do direito. E estamos discutindo justiça e vingança. E hoje no terreiro, na mesa branca, escutei 2 vezes a frase título desta postagem. E me fez pensar junto com as entidades. Que toda vez que alguém vai a justiça, não quer a justiça feita, mas, sim uma forma de vingança, ppis entende que foi ofendido e entende que ainda vale a questão do olho por olho e dente por dente, ainda que não se deseje literalmente isso, se quer que onjuiz representando o estado, vingue aquela ofensa com a condenação da outra parte. Razao pela qual, quando a parte, que buscou a justiça, sai vencida via de regra, diz que é injusto. Mas as vezes o justo seria nem ter processo. Mas ainda vou escrever mais e melhot sobre o tema. Por hoje é só para não esquecer

Por Higor Maffei Bellini

O nosso texto veio da leitura destes dois outros textos: 

Contratação de Depay pelo Corinthians é um escárnio com quem paga em dia… - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/colunas/danilo-lavieri/2024/09/06/depay-no-corinthians-escancara-urgencia-de-fair-play-financeiro-no-brasil.htm?cmpid=copiaecola

‘Vaquinha.’ R$ 20,00 de cada corintiano do Brasil para pagar o estádio. Direção do Corinthians entusiasmada. Caixa aprovou. Um Pix será criado

 

Independentemente do clube o que vou escrever abaixo valeria, mesmo se fosse para o caso do Palmeiras ser o beneficiário, de uma ação que visasse utilizar valores de torcedores, para contratar jogadores, como no passado já foi:  Dívida de R$ 48 milhões por “Wesley Vaquinha” foi quitada em 2022

Mas Higor não é a mesma situação, você está confundido as coisas. Efetivamente não é mas o que vale é o raciocínio de usar dinheiro de doação de torcedores, para contratar jogadores, seja diretamente como era o caso do Palmeiras, seja usando a doação, que deve pagar imposto o famoso ITCMD que em São Paulo é de 4%, para ao pagar dividas elevadas e recorrentes, com bancos ou outros fornecedores libera o valor das doações para ser usado para contratações.

Assim o alegado fair play financeira não pode existir onde um terceiro, vem dar dinheiro para o clube, pois ai todos os clubes podem se utilizar da sua torcida, para custear despesas elevadas, liberando valores para negociar jogadores, exemplo besta: "o que impede um milionário de doar este dinheiro, para o time no pix do estádio e assim, liberar o valor para ser usado na contratação já que não ficaria comprometido?"

Isso porque se o O fair play financeiro pode ser entendido como sendo um conjunto de regras, sejam estabelecidas pelos próprios clubes, ou criadas por lei, estabelecidas para garantir que os clubes de futebol profissional, sejam eles associações ou SAF (em Portugal as SADs) mantenham um equilíbrio saudável entre receitas e despesas, evitando-se que os clubes gastem mais do que arrecadem, na busca por sucesso dentro de campo, com as conquistas de campeonatos e premiações, e para evitar assim o possível aparecimento de problemas financeiros que possam comprometer sua sustentabilidade, ou até mesmo a sua existência, a longo prazo. Em essência, o fair play financeiro busca promover uma gestão responsável, como a existente nas empresas, que atuam em outros ramos de atividades, assegurando que a competição no futebol seja justa e que os clubes permaneçam financeiramente estáveis no futuro, sem que um clube, gaste mais com contratações do que a sua capacidade financeira permite, ou seja, contratar sem tem como pagar o atleta empurrando a divida para gestões futuras.

Mas quando se permite que um terceiro, seja torcedores, patrocinadores ou donos de clubes usem o seu próprio dinheiro, para fazer doações aos clubes, com a finalidade de pagar diretamente as contratações ou, de maneira indireta, pagando outras despesas do clube, para liberar o caixa, para contratar se quebra a ideia do fair play, financeiro. Pois se passa a permitir que sejam criadas receitas extraordinários, que não tem sustentação a médio e longo prazo.

Desta maneira se for para pensar em trazer para o Brasil o chamado fair play financeiro se faz necessário analisar a necessidade de ser pensada como ficarão as doações de valores por torcedores, para as equipes, pois se for para permitir que continue a acontecer doações o equilíbrio financeiro entre os clubes, não existirá, pois alem da enorme diferença de tamanho de torcidas, número de torcedores, as diferenças de rendas entre os diferentes estados brasileiros, podem fazer com que o equilíbrio nunca seja alcançado.

Mas Higor é do desporto ter um time com maior torcida, com mais capacidade de arrecadação que outro, sim é o que estou falando é que sem considerar a realidade brasileira das vaquinhas para ajudar os times, o fair play nunca será alcançado, já que existirá até mesmo competição entre as torcidas, para ver quem doará mais valores, para ajudar o clube a ter capacidade de contratar, não capacidade de pagar a divida em sí.

 

 

Por Higor Maffei Bellini 

 

Hoje fui ver ao derby (Palmeiras e Corinthians) pelo campeonato brasileiro feminino de futebol. Mas não foi no Allianz Parque, mas, em Jundiaí.

A equipe feminina mandou lá os jogos nessa época, muito provavelmente por questões de custo de operação do estádio, em dias de jogos (aquilo que custa abrir o estádio para um jogo).

E isso será cada vez mais comum, pois abrir o estádio principal para jogos com previsão de menos público, o que acontece com jogos de base, amistosos, jogos de volta quando o placar foi feito na ida ou jogos femininos, traz uma despesa que financeiramente não compensa.

Não é para privar a torcida de ir ver os jogos, no estádio principal. Onde pode haver a venda de cadeiras cativas, o aproveitamento para os programas de fidelidade de torcedores, mas, sim. Fazer com que a partida não traga  prejuízo financeiro ao clube.

Um estádio menor e mais barato, se tornará uma necessidade cada vez maior, seja da própria equipe, seja por meio de parcerias com outras equipes, pois o espectáculo futebol se torna cada vez mais caro, para o clube.

Quem sair na frente, para ter o segundo estádio sairá na frente.